sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Beijo


Ah... eu quero abraçar-te
Quero seus doces lábios tocar;
Selá-los com meu amor.
Guiar-te com o meu paladar.

Das belas noites venho lembrar
Das estrelas, da lua e do pássaro a cantar
Daquele momento em que o sol, beijando o céu, saiu do mar
E que tu vieste também a me beijar.

Sinto que os sons entoam mais fortes
Ao teu lado tudo é melhor!
És quente... Derreteu o meu gelado coração
Teu pulso faz meu sangue dançar!

Em teus olhos eu vejo a pureza,
A paz no teu respirar.
Em teu toque sinto o carinho
E no beijo o desejo de amar.

Taís Prass

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O jogo

E se agora não souber fazer
Depois não adianta mais correr
Esse é o fim que você vai ter
Suas chances terminam quando o sentimento morrer.

Eu vou repetir o que já te falei
Não vou deixar a minha felicidade depender
Daquilo que não depende de mim
E daquilo que depender, garanto que vou fazer valer.

Seu joguinho quase serviu
Mas foi o tal “quase” que me preveniu.
Jogar seu jogo eu não vou
Pois tanto jogo não vale a pena, não!


Taís Prass

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Flamingo



De repente, o meu lugar não é mais aqui
De repente, essa não é mais a minha história
Eu sou antiquada demais
Pra viver com você pelas sobras

Na beleza de uma rosa branca
Em uma palavra ou gesto de gentileza
Ou uma doce canção
Eu preciso da sua total atenção
- Por um segundo imortal.

Não me traga respostas enganosas
Nem provas que não possamos cumprir
Na bondade vamos nos servir
Meu coração oferece o mais delicioso porvir.

Se nada tens
Tua pureza é satisfação
O meu querer é preciso e tolo
E tolo é tu que não percebes quem sou.

Abutres limitam-se e contentam-se da carcaça
Pois eu sou flamingo, preciso de apreço e compaixão
Pra deixar fluir em ti
Minha ingênua e doce paixão.


Taís Prass

Desejos de Mulher

Eu queria uma resposta
Pros anseios mais profundos
Qualquer sussurro no ouvido
Que eu pudesse definir

Dia e noite, mil questões
Viver em busca de emoções
Os dias passam sem razão
Vivendo nas suplicas de uma paixão.

Cada um sabe o que quer
Mas ninguém sabe dos desejos de uma mulher
Um toque, uma frase, um simples olhar
Podem ser a resposta do esperar.


Taís Prass

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Intervalo

Quem te disse ao ouvido esse segredo
Que raras deusas têm escutado -
Aquele amor cheio de crença e medo
Que é verdadeiro só se é segredado?...
Quem te disse tão cedo?

Não fui eu, que te não ousei dizê-lo.
Não foi um outro, porque não sabia.
Mas quem roçou da testa teu cabelo
E te disse ao ouvido o que sentia?
Seria alguém, seria?

Ou foi só que o sonhaste e eu te o sonhei?
Foi só qualquer ciúme meu de ti
Que o supôs dito, porque o não direi,
Que o supôs feito, porque o só fingi
Em sonhos que nem sei?

Seja o que for, quem foi que levemente,
A teu ouvido vagamente atento,
Te falou desse amor em mim presente
Mas que não passa do meu pensamento
Que anseia e que não sente?

Foi um desejo que, sem corpo ou boca,
A teus ouvidos de eu sonhar-te disse
A frase eterna, imerecida e louca -
A que as deusas esperam da ledice
Com que o Olimpo se apouca.

Fernando Pessoa


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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

DOR DA PAIXÃO

Dói quando você não está em meus braços
Dói quando estou sozinha com você, mas não posso sentir o seu calor.
Dói quando não sinto o seu doce perfume
Que me encanta, me leva ao céu.

Dói,
E essa dor me fez saber
Que esse amor é pra valer!
E de cada lágrima que rolar vai nascer uma flor
Uma flor que é pra te dar.

Dói pensar em não te ter
Junto dos teus lábios quero viver
Dói paixão, pra você entreguei meu coração
Dói anjo cupido, acertou meu coração e voo, voo.

Dói,
E essa dor me fez saber
Que esse amor é pra valer!
E de cada lágrima que rolar vai nascer uma flor
Uma flor que é pra te dar.

Taís Prass

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Essa música é de composição minha, mas não posso deixar de falar das dicas essenciais que tive do amigo Henrique Ebling para que ela se concluísse, nem do apoio dado por todos os queridos amigos e, ainda, pela disposição do dono do Estúdio A3 (Augustinho) em Taquara para que eu pudesse gravá-la rapidamente. A produção foi rápida, não ficou perfeita como se podia esperar de algo que foi feito tão de "supetão", mas, na oportunidade, estarei disponibilizando-a na internet pra quem curtir e quiser ter na sua lista do play. =D

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vampiros

Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.

Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.

Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.

Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.

Martha Medeiros

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É... quem disse que vampiros não existiam?!