Taís Prass: janeiro 2011

A vida é cheia de mistérios, cheia de aventuras e desventuras; alegrias e tristezas; boas ocasiões e maus momentos. Ah.. a vida! Quem disse que ela seria fácil?!

Me pego aqui tentando descrever o grande mistério da vida, mas, tentando colocar em palavras, o mudo toma conta de mim. É como naquelas ocasiões em que você quer achar apenas alguma coisa para dizer, mas tantas palavras vêm à sua mente que nenhuma consegue ser suficientemente boa. Como quando alguém te pede a sugestão de um bom filme para assistir, mas você já viu tantos, tão bons, que acaba não encontrando um que satisfaça no momento, acabando por nada dizer. Assim estou eu, neste momento, querendo encontrar palavras que transponham ao papel a tamanha complexidade da vida e o que há em meu coração.

Achar-se pequeno, e pouco, é tão comum que eu nem poderia imaginar; Achar que não existe amor sincero, que não existe mais compaixão no mundo, que não existem pessoas de coração puro e benigno é tão clichê... Eu nem poderia imaginar! As pessoas se enganam, ao se decepcionar, acabam acreditando que nada mais pode existir de bom. Esquecem-se de olhar ao seu redor e perceber que neste mundo tão frio, muita, mas muita gente mesmo está procurando o mesmo que você, pensa igual a você, quer o alento e o calor igual a você. Não se deixe enganar pela sua decepção, você não está sozinho. Não seja egoísta de pensar que a angústia é algo só seu.

Eu vivi acreditando que as pessoas iriam me decepcionar. E em cada decepção, mais certeza eu tinha que fechar o meu coração era a maneira mais adequada de viver sem que eu precisa-se sofrer. Mas o fato é que, do mesmo jeito, eu acabava sofrendo. Até que consegui me livrar desse bloqueio pessoal que criei motivada em evitar a dor. Ilusão inútil, pouco serviu.

Entretanto, nesses meus trancos e barrancos da vida pude descobrir e aprender milhões de coisas que me fizeram ser o que sou, e não é a toa que dizem que é “levando na cabeça” que se aprende. A dor, a decepção, o tombo, a queda, o sofrimento e todas as outras inúmeras palavras utilizadas para definir os momentos trágicos da vida são capazes de fazer-nos pessoas melhores, desde que não repitamos nossos erros, é claro. A não ser que você seja um masoquista, que goste de sofrer. Mas, bom, em geral, as pessoas querem é ser felizes.

Buscar a felicidade requer exercício diário, a cada segundo do dia. A felicidade, bem se sabe, está em cada momento da vida. Em cada momento bem vivido. Na busca pela felicidade importa a queda, importa a decepção, importa correr daquilo que possa lhe fazer infeliz. Importa tudo que lhe possa alavancar aprendizado e sapiência.

Dez coisas certas da vida são: 1º você nasceu da união de um homem com uma mulher; 2º um dia você vai morrer; 3º quando nasceu, você chorou. Aprendeu a fazer a coisa que muito irá fazer ao longo da vida ainda; 4º você irá sofrer; 5º você irá fazer besteiras e se arrepender do que fez; 6º você irá dar uma gargalhada de algo inútil; 7º você entregará seu coração; 8º você vai se decepcionar de novo; 9º você vai querer amar e ser amado; 10º você vai parar pra refletir sobre sua vida e chegar em uma conclusão, ou em conclusão nenhuma.

O mistério da vida é simples de se entender, ele é um mistério! Não há que se revelar. Quando se busca revelar algo que o ser humano é incapaz de entender, você simplesmente enlouquece. Ou seja, (uma dica) não busque saber como as coisas ocorrem; não busque encontrar explicações naquilo que não precisa de explicações; não pergunte se a resposta é obvia!; não seja metodista, definindo passo a passo a sua vida. A verdadeira felicidade na vida está quando não há planejamento, porque desta forma você vai se surpreender com as coisas boas que a vida tem a lhe oferecer.

A decepção. Decepção faz parte da vida, como já disse. E como já disse também, você vai se decepcionar muito, e isso se faz necessário na busca pela felicidade, para que você possa aprender com os seus erros. Contudo, muitas vezes ficamos tão focados nas nossas decepções, elevando o ego da nossa decepção, que esquecemos, sequer lembramos, que somos perfeitamente capazes de decepcionar também. Resumindo, nós não só nos decepcionamos como também decepcionamos aos outros. Cabe, portanto, sermos sensatos o suficiente para perdoarmos, darmos uma segunda chance. Todos somos seres humanos, somos igualmente falhos.

Loucuras a parte, corremos na mesma direção, estamos no mesmo barco. Não se pode julgar ao próximo, perdão também faz parte da caminhada, da busca pela felicidade, bem como a decepção, do mistério que não devemos revelar, das coisas certas que teremos na vida, dos trancos e barrancos, da ilusão de achar que fechando seu coração você não vai sofrer, do que você acha que é só seu, mas que é tão clichê, da vida, que quando se quer explicar, não se consegue transpor em palavras, porque, na vida, somente “cada um sabe a dor e o prazer de ser o que é”.

Taís Prass

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

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Não pude deixar de postar mais uma da maravilhosa Martha Medeiros.
Essa mulher é incrível, sabe transformar as palavras em filme.
Admiro-a muito! Pouco percebe-se, não é?!

Taís Prass

domingo, 30 de janeiro de 2011

Fato

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sobre tudo e sobre nada.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sumir

Bem, eu'

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